Hoje, como prometido deixo-vos o testemunho da Patrícia e do Bruno. Foi um prazer ser os fotógrafos deste casal fantástico! E mais uma vez muito obrigada por terem escrito estas palavras, para partilharem com o mundo a vossa experiência! EStá fantástico e garanto que vale a pena ler até ao fim!

Olá Daniela e Tiago!
Espero que se encontrem bem!
Demorou mas aqui vai o post sobre o nosso elopment wedding!
Ora bem como sabem, eu sou de Lisboa, ele é do Porto. Há 7 anos vim atrás dele, e desde então aqui fiquei! Devia estar louca é verdade! Sair de Odivelas e vir direta até Recarei? 
Até hoje nunca me arrependi e acho que nunca o farei! Mesmo falando a cantar e dizer sapatilha em vez de ténis, apaixonei-me pelo Porto. E não só…
Na verdade nunca tivemos grandes intenções de casar. Nunca achámos necessário, e na realidade não creio que o seja de facto.
Passados quase 7 anos deste namoro, comecei a pensar, afinal…até pode ser engraçado!
Um dia, na cozinha, eu perguntei ao Bruno: “Olha! Queres casar?”
“Quero.”
Desde o início foi nossa ideia fazer algo simples, tal como nós, somente o essencial: noivos, conservador, bolo. Tinha de haver um bolo bem bom!
Quanto mais pesquisava sobre casamentos a dois, mais nos fazia sentido.
Era assim que devia ser; um momento nosso, privado, o mais íntimo possível.
Ah! E queria boas fotografias, queria recordar aqueles momentos a dois.
Não queremos fazer nenhum espectáculo, até porque ambos evitamos tudo o que envolva ser o centro das atenções.
Vou-vos contar um segredo; 
A minha mãe é a minha melhor amiga. Como tal era alguém essencial para mim, alguém que devia estar presente naquele dia. 
Como todos sabemos, começa a ser uma bola de neve certo? Se convida a mãe, tem de convidar o pai…se convida os pais de um lado, temos de convidar os do outro…
Apesar de haver pessoas que sem dúvida eram demasiado especiais para nós, começámos a stressar em demasia, em vez de vermos este casamento como algo tranquilo e descontraído! E é assim que deve ser!
Nada de coisas porque parecem bem! Este dia é nosso, e partilhamos com quem bem entendermos, ponto final.
Para evitar confusões, e “injustiças”, percebemos que devíamos sobretudo focarmo-nos em nós. Não no bem dos outros (que é importante claro), mas desta vez, somos só nós.
Assim foi!
Ora bem, quem diz casamento molhado, casamento abençoado não é?
Quem diria que no dia escolhido iria haver a nossa amiga tempestade Miguel, que nos presenteou com bastante chuvinha, granizo e inundações??!
Não trocávamos por nada! Para além de termos ficado com fotografias lindas e mais naturais que o esperado, foi sem dúvida um “extra” que deu muito mais alma a este elopement!
Grandes fãs da natureza, ar livre e simplicidade, escolhemos a Quinta da Conceição para nos acolher neste dia.
Desde a Andreia, da Capim Limão a ligar-me minutos antes de eu sair de casa a perguntar se não queria cancelar o casamento porque não conseguia ter cenário nenhum inteiro, desde o Bruno estar à minha espera no carro no meio de um beco escondido com um senhor de aspecto duvidoso a fazer-lhe olhinhos, o dar de caras com o casal de fotógrafos mais querido e porreiro de sempre completamente encharcados, o facto de quase não ter vestido no dia do casamento, um vestido que mandei vir da H&M (porque sou forreta demais) e chegou um dia antes!
Mudar mesas e cadeiras à última da hora, cabelo e vestido todos molhados, o próprio conservador que foi um porreiraço a brincar com toda a situação, o nosso guarda-chuva de 5€ do chinês que muito nos protegeu.
O Bruno estava lindo no seu fato, camisa e gravata, e sapatilhas da Emerica. Ele nunca usa fato. NUNCA.
Eu usei as minhas Adidas, um casaco de cabedal e jóias emprestados à última da hora e deixei que duas amigas minhas fizessem da minha cara a sua tela. No final tudo acabou por ficar estranhamente bem e acho que criei uma nova “moda”.
Apenas para mostrar que de facto não é preciso gastar rios de dinheiro neste dia, podemos ser tão felizes sem isso, podemos ser tão deslumbrantes com pequenas coisas…temos de nos lembrar do porquê estarmos a fazer aquilo e que o amor é mesmo o que importa.
Foi sem dúvida um casamento lindo, nada tradicional que era o que pretendíamos, foi algo tão especial, tão único, tão…fresco! Algo que não seria possível repetir mesmo combinado.
Tudo o que a união entre duas pessoas deve ser.
Houve tantos imprevistos, tanta situação caricata, que no final só dava para rir e tornou tudo mais singular! 
De relembrar que no dia a seguir esteve um sol fantástico e fomos fazer uma nova sessão no centro do Porto, algo que também era suposto fazermos, mas que a tempestade não deixou naquele dia. Fomos sortudos ao ponto de ter fotografias com várias estações do ano em apenas dois dias!
Obrigada mais uma vez à meninas espetaculares da Capim Limão, e a vocês, que acabaram por ter uma sessão diferente tal como queriam !☺
Um brinde a mais casamentos assim e ao AMOR!!