Após um mês, tenho pensado muito neste balanço entre a primeira experiência de pós parto e entre a que estamos a viver agora na segunda viagem e hoje falo um bocadinho como foi o primeiro de pós parto das duas vezes.


Sem dúvida que este segundo pós parto está a ser definitivamente bem diferente do primeiro, penso que por vários factores serem também diferentes pensando muito na realidade do dia a dia.


Primeiro, o facto de já estar à espera daquele boom do pós parto, que ninguém fala, que ninguém nos avisa, o qual já falei várias vezes por aqui desde o nascimento do Diogo! Desta vez, estávamos preparados para a azáfama e carga mental e física que é um pós parto e penso que isso foi extremamente essencial. Acho que este ponto é o mais importante, e o que se revela fazer a maior diferença. Preparação é tudo e por norma, toda a gente se prepara para o parto e não para o pós parto. Claro que nunca se está preparado mas desta vez estamos bem mais preparados que na primeira.


Outro ponto bem importante, a descomplicação. Ao segundo filho descomplica-se coisas que nem sabíamos que complicamos na primeira vez, a experiência ajuda-nos imenso em diversas situações sem nós sequer darmos conta. E sem dúvida que uma das grandes lições que o Diogo me tem dado é que deve descomplicar na maternidade, e a experiência com a Beatriz tem reforçado bastante isso e mostrar como descomplicar nos faz relaxar a todos e viver a maternidade/paternidade em pleno.


Depois, outro ponto que também pesa muito, o parto foi diferente, a minha recuperação também foi bem diferente. Estava bem mais confortável o que ajuda também à auto estima, a sentirmo-nos bem, a sabermos que vamos sentir aquele vazio de já não ter um bebé na barriga! Sem dúvida que é importante uma mulher sentir-se bem num pós parto, só estando bem vamos ser capazes de tratar do nosso bebé e de ele se sentir bem. Tanto eu como o papá, nos sentimos mais relaxados e passamos isso para o bebé, o que é extremamente positivo.


Falando em coisas mais práticas e exemplificativas do que estou para aqui a dizer, posso referir as refeições já prontas ou adiantadas que deixamos preparadas antes do parto. Também, o facto de, desde o primeiro dia, a bebé ficar connosco a dormir, de fazermos bed sharing, o que nos faz sentir que temos noites completas, pois facilita imenso a amamentação e ninguém chega a acordar verdadeiramente, a não despertar, o que é óptimo para todos!


Também há que referir o momento que vivemos e como uma pandemia também afecta um pós parto. Não há visitas, ou seja, não falando de ser positivo ou não as visitas, o que é certo é que não há aquele tempo de fazer sala a visitas, de ter que estar minimamente apresentável, de ter que ter algo para oferecer a visitas, de ter que ter a casa pronta a visitas e sobretudo de haver interferência nas rotinas. Na parte da pandemia há também o grande problema de não podermos ir sair, arrejar um pouco.


Há que referir também que temos outro filhote no meio disto tudo, o que por si só é uma grande diferença no pós parto. Posso depois falar melhor disto, mas claro que a alteração da rotina com um novo bebé afectou o Diogo. Mas, neste caso, falando de diferenças no pós parto, podemos perceber como tínhamos bastante tempo livre na primeira vez, agora o tempo entre os dois VOA, literalmente os dias passam a mil, mas por outro lado sinto que estou a viver muito mais a experiência, a aproveitar mais ainda. Também é muito difícil lidar com o balanço entre dar atenção a um e a outro, é algo muito difícil, e por vezes estar 100% disponível para um faz-me sentir a descurar o outro, mas felizmente vai-se apreendendo a fazer este balanço entre todos, todos estamos a apreende-lo e é fabuloso, é um dança que vamos aprimorando e é uma descoberta que vamos fazendo! Outra dificuldade, a amamentação em tandem! O Diogo ainda mama (e mamará enquanto ambos quisermos, e quando digo ambos, sou eu e o Diogo) e, por acaso, nem acontece aquela cena de ele querer mamar só porque esta a irmã a mamar, mas tem também as necessidades dele de maminha (e está tudo bem!) e, por vezes, é em momentos que a mana precisa da mamã, mas incrivelmente tem sido bem compreensível, algo que não esperava de uma criança de 22 meses. Já aconteceu mamarem juntos e sem dúvida que é uma óptima experiência e tem a enorme vantagem que em menos tempo ficam despachados! Pois é, descomplicar!! A dificuldade do tandem é também a produção ter de se adaptar e passei alguns dias mais complicados, mas lá está a experiência fez-me descomplicar e passar por tudo de forma bem diferente.


Por último, tenho de referir algo super importante. Cada bebé é um bebé, são todos diferentes, cada um com as suas características, logo, os pós-parto têm de ser diferentes!